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Brasil bate recorde em transplante de órgãos: seguro cobre procedimento?

O Brasil tem um número a ser comemorado: em 2023, o país registrou a maior quantidade de transplantes de órgãos em 10 anos. Foram 6.766 transplantes realizados de janeiro a setembro em todo o território nacional, enquanto no ano anterior foram registradas 6.055 no mesmo período, segundo informações do Ministério da Saúde.


Dados da pasta mostram que, além da quantidade de transplantes, o número de doadores também aumentou. No mesmo período do ano passado, 3.060 doações se efetivaram, totalizando 17% a mais em comparação com 2022, com 2.604.


Ainda de acordo com o ministério, o rim é o órgão mais transplantado, com 4.514 cirurgias realizadas (ou 66,72% do total de procedimentos). Em segundo e terceiro lugar, aparecem o fígado (1.777) e o coração (323), respectivamente.


“Devido à crescente crise nos setores da saúde pública e privada, nosso mercado, que é voltado para seguro de pessoas, entendeu que era hora de agir e trazer algumas alternativas para quem não possui plano/seguro saúde e um complemento para quem possui plano/seguro saúde, e uma das coberturas que estão disponíveis no mercado é o ‘Transplante de Órgãos’”, explica Vinícius Brandão, vice-presidente do CVG-RJ (Clube Vida em Grupo).


Segundo Brandão, o segurado pode escolher um valor de indenização, caso tenha algum diagnóstico que se faça necessário a realização do transplante. “Ele receberá essa indenização para utilizá-la da forma que melhor lhe convier. O custo depende do valor do capital segurado escolhido e da idade da pessoa. Na maioria dos produtos, não há aceitação/cobertura para quem já possui um diagnóstico”, alerta.


De forma geral, o transplante de órgãos faz parte da cobertura de Doenças Graves, segundo informaram as seguradoras consultadas pelo InfoMoney. O que varia conforme a companhia são os órgãos cobertos, além de fatores como os citados por Brandão, como idade máxima para contratação (em média, 70 anos), valor de indenização (pode chegar a R$ 1 milhão), carência (pode chegar a 90 dias), vigência do seguro (em média, 5 anos renováveis), entre outros pontos.


Na Zurich, por exemplo, a cobertura contempla transplantes de coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim ou medula óssea. Só não estão cobertos (ainda) a colocação de órgãos artificiais, como coração artificial. “Percebemos que a demanda por essas coberturas ainda é tímida, pois ainda há uma questão cultural da procura ser feita para as coberturas de Morte e Invalidez”, comenta Daniela Cruz, superintendente de produtos Vida, Previdência e Capitalização da seguradora.


Proteção financeira


“A demanda do consumidor por essa cobertura é avaliada com base na necessidade de proteção financeira contra os altos custos de tratamentos para doenças graves e transplantes de órgãos”, observa Thiago Levy, head de produtos Invida no Grupo MAG Seguros. Na companhia, o transplante de órgãos também integra a cobertura de Doenças Graves, que na MAG está disponível em três módulos. O mais completo contempla a cobertura de 28 diagnósticos, entre eles o procedimento de transplante para coração, pulmão, rins, pâncreas, medula, fígado, intestino delgado e tecido composto.

Importante destacar que essa cobertura na MAG não tem a necessidade de um prazo de sobrevivência após o diagnóstico da condição coberta”, complementa Levy. Ele lembra também que a cobertura não inclui doenças ou condições não listadas na apólice (contrato de seguro), tratamentos experimentais e doenças preexistentes não declaradas.


Outra seguradora que indeniza o segurado ainda em vida no caso de necessidade de transplantes é a Brasilseg, também por meio da cobertura de Doenças Graves. São cobertos transplantes de coração, fígado, medula óssea, pâncreas, pulmão e rins, “a partir da constatação da perda irreversível de um desses órgãos vitais, sendo excluídos demais transplantes e eventos específicos listados nas condições da apólice”, conta Hugo Ofugi, superintendente-executivo de produtos de Vida da companhia.


Segundo Ofugi, a cobertura tem sido mais procurada à medida em que se nota uma maior frequência de doenças graves, como câncer e outras, relacionadas a fatores cardiovasculares. “A cobertura de doenças graves cresceu cerca de 10% no mercado total de 2022 para 2023. Além disso, há um movimento de crescimento do conhecimento do consumidor a respeito do seguro de vida, que cobre não somente eventos de morte, e isso tem trazido uma maior preocupação com eventos que podem afetar a saúde enquanto vivo”, pontua o executivo.


Vale lembrar também que a longevidade do brasileiro vem crescendo ao longo do tempo. Se na década de 1940, por exemplo, a expectativa de vida média era de 45,5 anos, em 2022 passou para 75,5, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A longevidade ainda é menor do que a apurada em 2019 (76,2 anos), porém vem se recuperando da tragédia que foi a pandemia de Covid-19, uma vez que chegou a registrar 72,8 anos em 2021.


Fonte: CQCS


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